« Pode-se enganar a todos por pouco tempo, pode-se enganar alguns o tempo todo, mas não se pode enganar a todos o tempo todo. » J. F. Kennedy

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Adoradores de Sistemas - O mundo real

Não importa se adoptam ideias de esquerda ou direita, servem o mesmo amo; o sistema. Eles poderão querer influenciar o sistema aqui e ali, para melhor servir os seus propósitos, mas nunca falam de acabar com o sistema e mudar a mentalidade que está por detrás deste. As escolas públicas fazem o mesmo com os seus programas destinados às “classes inferiores”. Também elas formam pessoas de esquerda e de direita, que partilham a adoração do sistema. São como os católicos e os protestantes, discutem sobre como adorar o mesmo deus, também a esquerda e a direita discutem sobre como adorar o mesmo sistema.
E aqui está a chave; ambas procuram destruir alguém que ameace verdadeiramente o sistema em si, como aqueles que expõem a verdade sobre o 11 de Setembro por exemplo. Os católicos e os protestantes podem lutar entre si, mas se os judeus e os muçulmanos começarem a atacar a cristandade, os católicos e protestantes unem esforços no combate a este inimigo comum. É isso que acontece com a esquerda e direita, quando alguém alheio a esses ideais surge a desafiar o sistema que tanto adoram. Os de esquerda argumentarão que as pessoas deverão pagar menos impostos, ao passo que os da direita argumentarão que se deverá pagar mais impostos. Mas e se surgir alguém a sugerir que não deveriam ser cobrados impostos? Ambos concordam que devem ser cobrados impostos. A cobrança de impostos é a base do sistema em que vivemos. É um facto também que a grande maioria dos impostos vai directamente para os bancos. A cobrança de impostos nunca é questionada.
Esquerda ou direita poderão discutir se as taxas de juros sobem ou descem, mas ambos concordam em cobra-las. A lista de exemplos é interminável. Esquerda ou direita poderão discutir os erros de Bush, mas nenhum dos dois lados concebe que os ataques do 11 de Setembro poderão ter sido planeados pela administração, que mentiu sobre a existência de armas de destruição massiva e que assim levou á morte milhares de civis iraquianos e afegãos. Para qualquer das alas, aceitar que o 11 de Setembro foi um trabalho interno, para impor um estado controlador e tirano, é aceitar que a visão do mundo que lhes foi imputada pelas escolas e universidades (não esqueçamos também os paizinhos) está fundamentalmente errada.
Um exemplo perfeito do que falo chama-se George Monbiot e é “jornalista”, do jornal londrino “the guardian”. Não me vou debruçar muito na imprensa ridícula e mentirosa, vou mais centrar-me neste exemplo do Monbiot. Este é um dos artigos dele sobre um movimento conhecido que busca a verdade do 11 de Setembro:
Porque é que me preocupo com estes imbecis? Porque eles estão a destruir os movimentos que muitos de nós passamos muito tempo a construir. Aqueles de nós que acreditam em questões globais centrais… são pouco debatidas nos parlamentos ou nos congressos, que as empresas têm um poder demasiadamente grande na democracia, que os criminosos de guerra, mentirosos e aldrabões não são julgados em tempo útil. Estamos agora a descobrir que aqueles que investiram demasiado tempo fora da política convencional estão por detrás desta epidemia de balelas.”
 Que irónico que no seu próprio site Monbiot utilize esta citação: “ contém às pessoas algo que elas já saibam e elas irão agradecer-lhes. Contem-lhes algo de novo e elas irão odiar-vos”. O que está a incomodar é que as pessoas cada vez mais ouvem aqueles que questionam o 11 de Setembro e menos aqueles com uma mentalidade fechada do mundo. Este pseudo jornalista estudou na universidade de Oxford, e é isto que ensinam nas universidades. O que baralha mais as pessoas, é que elas são educadas a ver “lados”; o “nosso” e o “deles”, “esquerda, “direita”. É isso que domina a imprensa e por consequência, faz com que as pessoas aprendam os lados e não vejam o todo, controlado pela mesma força. Isto não se aplica só a escolas privadas ou públicas, são nas duas partes. A diferença é que as escolas privadas do tipo as da Ivy League dos EUA albergam aqueles que irão ocupar as posições estratégicas e de maior inflûencia.
Pessoas como George Monbiot queixam-se do poder das empresas sobre a “democracia”, mas a sua programação, evita que ele veja que essas empresas estão a ser controladas pela mesma entidade que controla os governos. Tem de haver facções politicas para mentes como a de Monbiot, senão estas perdem a noção de realidade, a sua orientação. Ele diz que para acreditar que o 11 de Setembro foi um trabalho interno, teríamos de acreditar que Bush, Cheney, Rumsfeld e os seus parceiros são omnipresentes e omnipotentes. Este disparate é a confirmação de que, como os seus parceiros que acreditam no sistema, ele não distingue a floresta dos galhos. Aqueles que compreendem o jogo não dizem que Bush, Cheney e Rumsfeld arquitectaram o 11 de Setembro, pois para começar, o Bush é um burro. Eles foram apenas a face pública do que aconteceu. Eram peões, no caso de Cheney, um cavalo, orientados pelo tabuleiro do governo sombra, a mão oculta.
George Monbiot diz mais sobre aqueles que acreditam na conspiração do 11 de Setembro:
O corolário óbvio da crença de que a administração Bush é toda-poderosa é o facto de que o resto de nós sejamos completamente indefesos. De facto, parece-me que o objectivo do “movimento pela verdade do 11 de Setembro” é ser indefeso. A omnipotência  do regime de Bush é a fantasia de um cobarde, uma desculpa para a inacção, induzida por aqueles que na verdade não têm estômago para ingressar em lutas políticas reais.”
Então deixa-me ver se percebo, devemos travar “lutas políticas reais”, para que o governo sombra nos possa impor mais facilmente o estado controlador, através da esquerda e da direita. Cresce George, a tua cegueira intelectual será a tua sentença, e não só para ti…
Noam Chomsky disse e muito bem : “a forma mais inteligente de manter as pessoas passivas e obedientes é através da limitação do espectro da opinião aceitável, mas permitir algum debate dentro desse espectro.”.
É exactamente assim que o sistema funciona. E a aprendizagem deste sistema ocorre nas grandes universidades como a Oxford, Cambridge ou as da Ivy League, onde esse sistema predomina ainda mais.
A ideia de que uma força oculta possa estar a manipular os acontecimentos mundiais, através dos dois lados, para um mesmo fim, ou que os governos possam atacar os seus povos, é demasiado para as mentes deles, de tão ligadas que estão à programação que lhes foi inserida. Entram em negação e no caso de Monbiot atacam ferozmente, aqueles que tentam expor a verdade, sobre por exemplo, o 11 de Setembro, que iria derrubar o sistema de “nós e eles” , que lhe foi instruído a implementar. Mata o mensageiro se não gostares da mensagem.
Obrigado
O homem é livre no momento em que escolhe ser
Voltaire


1 comentários:

Anónimo disse...

a maioria das pessoas nao veem as coisas desta maneira porque nasceram e cresceram com o tal sistema que referes. mas é muito bem pensado, parabens

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